sábado, 15 de dezembro de 2007

"Respirar o Natal"



Nestes dias que se avizinham já é notória a azáfama característica do NATAL. Ou devo dizer… a azáfama aos Shoppings, hipermercados, lojas e afins.
Obviamente que o NATAL é muito mais do que aquilo que poderemos ver nestes dias. Mas isso seria um tema muito longo digno, quiçá, de alguma tese de Teologia.
O objectivo deste blog não passa por longas e demoradas explanações de temas com dificuldade elevada de dissertação.

A principal razão que me leva a escrever hoje estas linhas prende-se, essencialmente, por achar que nestes dias se RESPIRA DIFERENTE!

E afirmo-o com a convicção que até as pessoas que nos parecem hediondas nos desejam um “Bom Natal”. Será que só nesta quadra festiva nos lembramos que somos apenas mais um grãozinho de areia numa longínqua praia… como tantos outros a nosso lado?

Será que os ARES DE NATAL nos levam a meditar melhor remetendo-nos à significância da vida humana?

Mas não posso deixar de dizer que nos tempos que se avizinham corremos o risco de acontecer algo inimaginável ao NATAL. Vejamos o seguinte cenário:

Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até decisão governamental.

Os camelos estão no governo.

Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos.

A vaca está louca e não se segura nas patas, aliado ao facto de não se poder mugi-la em virtude das restrições à produção de leite oriundas da UE.

O burro está na Escola Básica a dar aulas de substituição ou a aproveitar as benesses das “novas oportunidades” ou ainda na Universidade através do programa “mais 23”.

Nossa Senhora e São José foram chamados à Escola para avaliar o burro ou a trabalhar horas extarordinárias para conseguir pagar o valor das propinas.
O musgo verdejante do presépio deu origem a um pasto amarelon em virtude das secas provocadas pelo aquecimento global.

Não corre água no presépio porque não pode ser desperdiçada não se tendo ainda descoberto um mecanismo de a reciclar.
A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela.

O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico.

A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e sobretudo até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da UE.

(Um pouco de humor também nunca fez mal a ninguém)

Será que o referido anteriormente não vos faz relembrar algo muito real?

Não tenho solução para tantas respostas mas… para mim o Natal é tão especial que não consigo relatar as sensações que me percorrem o íntimo do meu ser.

Recordo com saudade o sabor das couves e do bacalhau comido na quinta de meu avô em frente ao lume feito no chão da cozinha… (ainda não sei bem porquê mas neste dia até o bacalhau e as couves me sabem diferente)
Recordo a alegria estampada nas faces das minhas avozinhas em ver tantos netos reunidos.
Recordo com admiração o empenho com que minha mãe e minhas tias preparavam a mesa e a comida.
Recordo também a “Fogueira” (Madeiro) da minha terrinha…

E que dia 24… estas recordações sejam realidade.

Antecipadamente desejo a todos os (poucos) leitores deste meu blog… UM SANTO E FELIZ NATAL!

E que nestes dias se atrevam a RESPIRAR O NATAL!


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Serão os Homens do Passado que definem o Futuro?

Desta vez vou falar de mim... oppsss... pois.... também tenho direito a elaborar uma "pequena" retrospectiva sobre algo que me acontece(u).
Resolvi voltar a matricular-me no ensino superior passados 7 anos de o ter abandonado. Confesso que apesar da minha profissão me "obrigar" a estudar e estar constantemente mergulhado em diplomas legislativos as exigências Universitárias são diferentes. Não digo que seja mais ou menos difícil... mas as diferenças existem...
O que não posso deixar de comentar é o facto de que após tantos anos julguei encontrar uma Universidade diferente. Erro meu. O passado persiste... nem que seja porque os "cadeirões" que me faltam fazer são dados pelo mesmo professor que me deu aulas há mais de 10 anos... e os testes continuam "intragáveis"...
Confesso também que nada me move contra aquele Professor. Até pelo contrário, tenho a certeza que é um dos que sabe o que diz e tive a "sorte" de fazer uma outra cadeira com ele no longíquo ano de 1998 e os testes não eram assim...
Mas.. passados tantos anos... na minha ingenuidade julguei que as "coisas" tivessem progredido noutro sentido.
Ahhh... afinal a progressão já sei onde existe! Está no valor das propinas. Essas sim progrediram... e num aumento superior a 1000% (não me enganei... são mesmo 1000%).
Oxalá o Sr. Licenciado em Engenharia que "governa" este país tivesse aumentado o meu salário, nestes 7 anos, assim....

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Alma

Confesso que tenho um fraquinho por música brasileira. Gosto especialmente de Daniela Mercury, Banda Eva e Ivete Sangalo, entre outros.

Confesso também que gosto bastante do estilo musical de Ben-Harper...


... e se juntarmos tudo?


Pois... há músicas que ficam no ouvido....


Aconselho a visitarem:




É apenas a faixa "Boa Sorte/ Good Luck" do álbum "SIM" de Vanessa da Mata.


Que ar respiramos neste cantinho à beira mar?

"O nosso (de Portugal) principal "calcanhar de aquiles" está relacionado com um problema de insatisfação permanente. Somos tradicionalmente insatisfeitos e isso torna-nos muito críticos de tudo e de todos. Revelamos um excesso de preocupação com o trabalho de quem está ao nosso lado e esquecemo-nos de concentrar esforços na construção do nosso próprio caminho."

(Tomaz Morais, Compromisso: Nunca Desistir, Booknomics, 2006)

Nota do Blog: Tomaz Morais é treinador da equipa da selecção nacional de rugby

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Partir...


" Um dia é preciso parar de sonhar e de algum modo, partir..."

domingo, 10 de junho de 2007

Saudade...

Partis-te
Já não consigo pensar
Se vivemos num lado ou noutro

Partis-te
Com olhar terno e suave
Um azul melancólico
Pronto a amarrar o barco
Na praia com que sonho

Partis-te
Assalta-me um bailado de ideias
Que dançam no meu coração
Estivemos em lados tão iguais
E em vidas tão apaixonadas
Que ficámos tão longe de nós


Se o sonho não existisse
Dentro da alma não sentia
A vontade de viver tempos tão cruéis
Mas dói vivê-los
Sem ti

Olha-me nos olhos
Para saber se o sonho existe
Ou se foi só uma loucura minha
Mas o sol já vai alto
E a noite já foi dormir
E assim, conta-me tu
O fim

domingo, 3 de junho de 2007

Um mundo... uma promessa...



A partir de hoje é possivel visualizar o "link" de uma aventura arrojada que um grupo de 12 escuteiros vai realizar no âmbito das comemorações dos 100 anos de Escutismo mundial.



Neste site encontraremos todas as novidades sobre esta façanha e não se esqueçam (a partir de 15 de Julho) de ir acompanhando a viagem "on-line" com os relatos diários da mesma.

Acredito que seja necessário uma boa dose de "sã loucura" e uma enorme confiança pessoal para se levar a bom porto esta façanha. Mas sem determinação e coragem nada se obtem de frutífero.

Este tipo de aventuras elevam todo o potencial que cada um de nós tem e fazem com que seja possível respirar outros "ares".

Por tudo isto... vamos à aventura!

Nota de rodapé: "o futuro aos audazes pertence "

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O ERRO

Concerteza que toda a gente erra. Mas há erros menores e erros maiores. Ao longo da minha existência cometi alguns. Tenho a certeza que nenhum deles foi deliberado e existiram alguns com maior gravidade de consequências do que outros.
Poderia catalogar os vários tipos de erro que se cometem, mas a razão que me leva a debruçar sobre este tema centra-se no facto de que, independentemente do erro, temos que saber arcar com as consequências do mesmo.
Há consequências que nos dinamitem o interior e nos fazem sofrer até ao âmago das nossas entranhas. Especialmente porque esse erro afecta terceiros e os faz sofrer também.
Tenho a certeza que cometi um erro desses. E com convicção o afirmo: cometi um dos maiores erros da minha vida.
Sei que, neste momento, sinto em mim a vontade de fazer recuar o tempo, de voltar atrás e não fazer o que fiz. Mas a verdade é que até se descobrir uma máquina que permita fazer isso nada posso fazer nesse sentido.
Então de que forma podemos atenuar tal situação?
Não sei. Como simples mortal as minhas dúvidas existenciais são tão grandes ou maiores que as de todos os seres humanos.
Sinto-me de braços atados e com as pernas atrofiadas. Até o meu "palrar" difere do habitual.
Mas uma coisa sei e dessa tenho a certeza absoluta. Não voltaria a fazer o mesmo. Não vou voltar a fazer o mesmo.
Sinto-me com uma sensação de arrependimento tão grande que me apetece bater a mim próprio.
Sim... estou sinceramente arrependido!
Perdoa-me, por favor!

TST!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Tempo e motivação...

Afinal as mudanças concretizaram-se, e com elas novos hábitos, outras correrias e novo alento. Pois... e tempo para fazer tudo o que queremos? De certo que já nos habituámos, por diversas vezes, a desculparmo-nos com a falta de tempo para fazer tudo aquilo que gostamos de fazer. A mim, hoje, acontece-me precisamente o mesmo. Chego à conclusão que esta mudança me deixa muito menos tempo livre para mim próprio. Ou vou aqui, ou vou acolá ( a minha mãezinha telefona-me e diz-me para ir jantar com os pais )... e lá vou eu...
O tempo.. aquele fiel amigo que serve para o melhor e para o pior. Para esquecer tristes passados e viver o dia, percorrendo os caminhos de novos rumos vindouros.
Já agora... vale a pena pensar nisto!

domingo, 18 de março de 2007

Procurar

Procurei-te nas pétalas de uma flor
mas não te descobri
Procurei-te num raio de calor
mas não te achei
Procurei-te num gesto de amor
e não te encontrei.

Abri os olhos sobre verdes prados
fixei-os longamente no espaço
Gritei... e apertei...
mas vazio ficou meu abraço.

Procurei-te por todo o mundo,
procurei-te não apenas por um segundo,
mas só descobri... silêncio profundo...

TST

sexta-feira, 16 de março de 2007

Sonho

Perdi-me na ilusão pela noite fora
Percorri as estradas da vida
Sonhei ser o que não sou...
e sorri...
Porque sempre fui o que sou agora!

Sonhei o que queria ser...

Mas o que digo e de verdade sei
é que esta vida não é ilusão
Mas a realidade em que acordei...

quinta-feira, 15 de março de 2007

Internacionalização




Hoje, finalmente, fiz a minha internacionalização em termos velocipédicos. Pedalei por terras de "Sua Magestade" El Rey de España. Foi uma agradável jornada de 160 km (ai que me doem tanto as pernas) na companhia do amigalhaço Zé Cavaca e Rogério. Já tinha saudades destas voltas fantásticas... o tempo ajudou e o ventinho a favor até casa caíu que nem ginjas!
Confesso que me senti bem, mas tal só aconteceu porque consegui dosear muito bem o esforço... (o que não vale a experiência de tantos anos disto).
Sei que enquanto andar "entretido" com estas voltas me afasto da dura realidade que se avizinha... mas, por vezes, temos que sentir isso e pensar apenas no próprio dia... amanhã se verá!... amanhã será mais um dia...
Respirei... muito mesmo!

terça-feira, 13 de março de 2007

Traveling soldier

Ha músicas que nos marcam, que nos dizem muitas coisas, que nos fazem sentir emoções esquecidas e apagadas...
Mais uma das Dixie Chicks....
Sim... é triste... é solitária... é melancólica... conta a história de um rapazinho que vai cumprir o serviço militar... na Califórnia e depois no Vietname... de como encontrou uma rapariga a quem escrever as suas cartas...
Relembra-me que necessitamos ter alguém a quem contar o que connosco se passa... de contar o que vivemos e o que sentimos...

http://www.youtube.com/watch?v=nLBgmbXBOb8

segunda-feira, 12 de março de 2007

Voltar a Respirar


As coisas andam complicadas! As mudanças não se consolidam. A mente anda cansada, eu ando cansado... sinto que estou a atingir o limite...

Soluções?... Bem... resolvi tirar uns dias e voltar a treinar.

Ao primeiro dia 50 km... calmos... muito calmos... média de 21 km/h... senti-me preso e sem ritmo... pudera... tanto tempo sem pedalar e o vento também não ajudou...

Ao segundo dia 70 km... voltei a percorrer aquela estradinha que tanto gosto... a que nos leva até Manteigas pelo vale do Zêzere passando por Valhelhas, Vale de Amoreira e Sameiro... Ainda me senti pesado e sem ritmo... a forma não aparece assim tão depressa quanto a minha ansiedade.

Ao terceiro dia o dilúvio... 60 km dos quais 30 sob chuva intensa... gelaram-me os pés (com tanta água estavas à espera de quê?), ensopei as pernas e cheguei encharcadissímo.

Ao quarto dia o vento incessante... rajadas fortes... que têm a particularidade de andares a 30 km/h e depois, num ápice, reduzirem o teu andamento drasticamente para só veres um dígito no conta kilómetros... por duas ou três vezes ia indo ao chão... na ponte sobre o Zêzere (junto ao Souto Alto) andei de "lado"... é engraçado como nos conseguimos equilibrar sobre 2,3 cm de pneu...

Ao quinto dia a pausa...

Ao sexto dia senti-me diferente... as pernas já responderam melhor... fui até ao alto das Pedras Lavradas... 90 km em ritmo moderado a suave... apanhei o vento contra nos ultimos 15 km mas nada que não se ultrapassasse...

Ao sétimo dia... 70 km sem forçar... voltei até Manteigas... e no regresso com a ajuda de um camião e do vento a favor até fiz uma boa média... Nesse dia fui festejar os anos da minha melhor amiga... estive uma série de horas em pé... claro... eram 4 da matina e já não sentia as pernas... o ácido láctico estava a fazer das suas... pelo que ontem não andei....

(Observação: As noites andam decadentes!)

E hoje?... hoje fiz 110 km... já me senti com um pouquinho mais de ritmo... subi as Penhas Douradas... 1 hora e 9 minutos... frequência cardíaca média de 144 pulsações por minuto... não está mau... mas ainda me falta treinar muito... Adoro fazer esta subida... não é tão dura como as outras da Serra da Estrela e a paisagem é deslumbrante... aconselho vivamente... nem que seja de carro...

Sei que estou no inicio duma caminhada... e a experiência diz-me que não se ganha forma assim de um dia para o outro... duma semana para outra... é preciso tempo, é necessário saber esperar... mas já me começo a sentir mais vivo... mais solto... mais liberto...

Voltei a respirar!


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Not Ready To Make Nice






Em 3 minutos e 58 segundos apaixonei-me! Recorde mundial?... Hum… presumo que não, pois para se apaixonar basta uma fracção de segundo… basta que aquele “click” nos invada e toque como uma flecha certeira a nossa máquina que não pára e nos faz manter vivos.
O que me aconteceu, desta vez, foi ter ADORADO uma música da primeira vez que a ouvi.
Na minha busca de boa música country (antes conhecida como música country e western music ou country-western. É um estilo musical popular criado no sul dos Estados Unidos, com raízes na música folk, espiritual e blues.) eis que encontro novidades sobre os Grammys… uma música de um grupo de seu nome “Dixie Chicks” ganhou o prémio de melhor canção. O nome não me era estranho, tenho uma música desse grupo cantada em dueto com a minha amiga Sheryl Crow (não, já não namora com meu amigo Lance Armstrong), num famoso concerto (ao vivo) no Central Park – New York.
Não resisti e enquanto não fiz o download do álbum “Taking the long way” não descansei… e apaixonei-me… como um teenager inconsciente… é LINDA E SOBERBA! Arrebata-nos… leva-nos por caminhos interiores, por trilhos bem marcados e novos rumos.
A música reflecte a contradição do meu ser. A sua típica melodia relembra-me tudo aquilo que sou, tudo aquilo que sinto e tudo aquilo que (não) vivo. Faz-me despertar, novamente, a faceta do “Lonely-Ranger” que, a cada dia que passa, tenta sair do âmago em que se encontra. Ao ouvir a música senti-me vivo, senti-me acordado, senti-me renascido, senti-me EU.
Aconselho…

http://www.dixiechicks.com

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

NO TE IMPIDAS SER FELIZ!

Muere lentamente quien no viaja,
quien no lee,
quien no oye música,
quien no encuentra gracia en sí mismo.
Muere lentamente
quien destruye su amor propio,
quien no se deja ayudar.
Muere lentamente
quien se transforma en esclavo del hábito
repitiendo todos los días los mismos trayectos,
quien no cambia de marca,
no se atreve a cambiar el color de su vestimenta
o bien no conversa con quien no conoce.
Muere lentamente
quien evita una pasión
y su remolinode emociones,
justamente estas que regresan el brillo a los ojos
y restauran los corazones destrozados.
Muere lentamente
quien no gira el volante cuando esta infeliz con su trabajo,
o su amor,
quien no arriesga lo cierto ni lo incierto
para ir detrás de un sueño
quien no se permite,
ni siquiera una vez en su vida,
huir de los consejos sensatos...
Vive hoy!
Arriesga hoy!
Hazlo hoy!
No te dejes morir lentamente!
NO TE IMPIDAS SER FELIZ!

Ai... como eu te entendo...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

É esta Vida tudo o que há?

Há uns tempos passei os olhos (leia-se ler) um livro de um autor (que agora não sei precisar o nome) cujo título era “É esta Vida tudo o que há?”.
Relatava esse livro as aventuras e desventuras de um individuo pacato na sua luta diária pela sobrevivência numa sociedade igual a tantas outras e muito parecida como aquela em que (sobre)vivemos hoje em dia.
Numa crónica notável em preciosismos resumia-se a sua infância e a educação que seus pais lhe proporcionaram, os seus anos de estudante, a entrada no mercado de trabalho, os seus passatempos e as suas viagens. Da mesma forma relatou as suas experiências com o sexo feminino como uma das fases da sua vida.
Sobre este último aspecto o que mais me impressionou na prosa foi o facto de que esta pacata pessoa ao longo de toda a sua vida tratou as mulheres com muita atenção e com algumas “mordomias” à mistura.
Num excerto desse livro pode-se ler: “Mais uma vez, Andreia olhou-lhe nos olhos e com o sorriso sexy que lhe era característico disse: És um Querido!”
Se continuarmos a leitura sobre essa fase da sua vida podemos descobrir um verdadeiro “gentleman”, uma mistura entre pontualidade britânica e seriedade alemã.
O que também me impressionou foi o carinho que ele dedicava a cada mulher com a qual se relacionava após o consumar de mais um acto sexual. Pode ler-se em determinada altura: “num abraço contínuo de paixão descansou, suavemente, sobre Andreia e deliciou-a com uma série infinita de beijos carinhosos por todo o corpo, ao mesmo tempo que lhe dizia: Estou louco por ti!”
De todas as vezes que encontrou alguém por quem se apaixonou e por quem nutriu sentimentos profundos de….Amor… perdeu-a…
Na sua caminhada não encontrou ninguém que com ele quisesse desfrutar desse carinho para o resto da vida. Nunca, na sua vida, tinha conhecido a palavra “verdadeiro Amor”, aquele que por mais voltas que desse o mundo ficaria destinado a sobreviver.
Então um dia resolveu partir, não para longe, não para outro local, mas partiu… em direcção à solidão.
Desde esse dia tornou-se um “lonely-ranger”… e desde esse dia seu coração ficou incapaz de amar.
… o mais engraçado deste livro é que acaba aqui.
Oppsss… é verdade… li o livro e não queria acreditar. O livro não tem a palavra FIM.
Leva-me a crer que o autor vai publicar uma nova sequela… será?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Mudar

Quantos de nós, simples mortais, queremos mudar algo nas nossas vidas?
Há sempre espaço para uma mudança... de partido, de clube, de hábitos, de companheiro(a), de trabalho...
Quando se nos deparam diversos caminhos e já decidimos por um nem sempre é facil (possível) voltar atrás.
Em primeiro lugar porque aceitas que a mudança implica transformação... de hábitos, de costumes, de locais, de pessoas...
Em segundo lugar... porque ao assumirmos essa mudança assumimos também uma nova identidade.
E se não te deixarem mudar? E se, por qualquer razão (alheia à tua vontade de mudança) não for possível essa mudança?
Bem... quantos de nós não nos sentimos já "indignados" com essas situações em que, implacavelmente, nos cortam a possibilidade de mudar.
Acredito, contudo, numa coisa muito importante... A VONTADE DE MUDAR... essa, pelo menos, não te a tiram.
A indignação vai, no entanto, aumentando. Chega, inclusive, a começar a preencher a tua mente em ocasiões menos propicias.
Então... sem baixar os braços, sem nos darmos por derrotados, usando todos os meios que estão ao nosso alcance... esperar... que o tempo se encarregue de definir o espaço dessa mudança.
E depois? Respirar melhor... com mais vontade... com mais alegria e com (ainda) maior convicção!
Tudo o que custa a alcançar sabe melhor!

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Ano Novo.. Vida Nova?

Ailoooo...
Por vezes damo-nos conta de que os dias passam a correr, certo?
Não temos tempo para nada... e depois, num ápice, apetece-nos tudo!
Novo ano, vida nova... diz o "velho" ditado... então porque não aproveitar e Respirar de forma diferente...
Nop... eu cá não sou dessas coisas... prometo n coisas... Ai... quando vier o novo ano vou deixar de comer chocolates ( Já agora... sabem o que são as "calorias"... não?... humm.. então eis uma definição que encontrei num e-mail que uma grande amiga minha enviou (thanks ... tu sabes quem és): " As Calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas."), vou fazer ginástica (levantamento do copo... ahhhh... dá sempre para "matar" uns bichinhos daqueles que vivem nos roupeiros), vou deixar de fumar (como se disso dependesse a salvação da camada de ozono), vou ser mais responsável com as minhas tarefas domésticas ( yep... olha a desorganização cá em casa - defeito de quem vive sozinho), vou ser mais concentrado no trabalho (aaan... como é que é isso? podes repetir?... ufa... estou ko... o que quero é ir para casa), vou visitar mais vezes os meus familiares (opss... que grande despiste sou...), vou lembrar-me mais vezes dos meus amigos (e especialmente das amigas) (ui, ui, ui... passam-se meses e nem um e-mail sai.... o que vale é que me refugio sempre naquela de " não é por não aparecer ou por não dizer nada que me esqueço de ti... estas bem presente"... yep... e isso até é verdade)...
e assim se passa mais um (vários) ano(s)... ooppssss... será que estou a ficar velho....
Quando tinha 10 desejava ter 20... quando tinha 20 desejava ter 30, quando tinha 30 desejava ter....10... que vida esta, ein?
E eis-me dado por mim tentado a desejar ser diferente...
Naaaaa... Gosto de ser como sou!... e disso não abdico.
Acho que este contágio da permissa "este ano é que vai ser" não deve ser encarado de forma tão séria...
Tomemos como exemplo o nosso cantinho à beira mar plantado, governado por pessoas (desculpem se chamo nomes a alguém) que, desde há longos anos, têm contribuído, de forma assustadora, para que chegássemos ao estado (anarquia governamental) em que nos encontramos, onde o "Eu quero, Eu posso e o Eu mando" voltam à mó de cima transformando-se em pilares alicercianos das chibatadas constantes que nos provocam.
Alguém acredita que é este ano que vamos pagar menos Impostos?
Alguém acredita que é este ano que os preços vão baixar?
Alguém acredita que é este ano que vamos ter menos desemprego?
Dahhh!!!!!!!!!!!
Então... porque não continuar com as rotinas e vicios do passado... não eram felizes com eles? ... não se sentiam bem em fazê-los?...
Ano Novo... e nada de novo....
Então querem o meu conselho? Sim?... Hummmm... 5 aérios (sem recibo... claro)...
Ok... eu faço promoção... o primeiro é gratuíto... os outros... logo se vê....
Eis: Continua a viver a vida como se não existisse a semana que vem... e quando achares que deves mudar alguma coisa... muda... que não seja por ser Janeiro... mas sim porque é isso que te apetece... mudar... não porque alguém te o diz para o fazeres, não porque chegou a data, mas sim porque tu decidiste que é hoje, agora, neste instante, neste local que o deves fazer.
Por tudo isto vos digo... também devemos aprender a respirar de forma diferente!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Sempre o ultimo, sempre o primeiro


Joaquim Gomes?... Sim.. toda a gente conhece....
não?...ai, ai... afinal onde anda esse patriotismo?
Recomendo, vivamente, a leitura do livro "Sempre o último, sempre o primeiro"
Não se trata apenas de um resumo da vida deste ciclista ímpar da nossa história... é também um agradável descobrir da sua personalidade, da sua forma de respirar a vida....
Em 22 anos como ciclista, 17 como profissional, percorreu 600.000 quilómetros repartidos em 1502 provas tendo chegado à vitória 56 vezes. Participou em 18 voltas a Portugal ganhando as edições de 1989 e 1993.
Este verdadeiro campeão não precisa de apresentações...

"Ama acima de tudo o Ciclismo, dando-te todo mas sem servilismo, trata o público e o companheiro como se fosses sempre o último, como se fosses sempre o primeiro"

O que me deu?

Aillllooooo....
Para quem me conhece esta expressão é familiar.
O que me deu para criar um "blog"?
Nop... não sei. Por vezes é necessário "arriscar"... nada na vida me aconteceu sem eu dar um passo... ou uma pedalada (risos)...
Não... não vou fazer deste "blog" um relato exaustivo da minha existência... nem, tão pouco, um muro de lamentações...
Então... Porquê?
Bem... talvez porque me apeteceu. Não chega?... Yep... para mim basta!