quarta-feira, 27 de maio de 2009

27 de Maio de 1923





"E a videira deitou três ramos que frutificaram, segundo sua lei: primeiro vieram os botões, depois as flores e finalmente os cachos maduros."


Do Livro do Génesis.




Com base numa modestíssima experiência tentada em 1907 por Lord Baden-Powell, o Escutismo levou 20 anos a espalhar-se pelo mundo. Parece-nos claro que o escutismo se apresentou como uma resposta da providência às necessidades de uma época e que a sua extraordinária difusão se explica por esse facto. Efectivamente, o seu rápido desenvolvimento não ficou a dever-se a qualquer propaganda organizada. Para que um novo ramo nascesse espontâneamente em numerosos países, foi suficiente que um educador tivesse lido por acaso Scouting for Boys.




O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português - nasceu em Braga a 27 de Maio de 1923. Foram seus fundadores o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Dr. Avelino Gonçalves, que em Roma mantiveram os primeiros contactos com o Movimento, quando ali assistiram, em 1922, a um desfile de 20.000 Escutas, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional que esse ano se realizou na Cidade Eterna.
Depois de bem documentados regressaram a Braga e rodearam-se de um grupo de 11 bracarenses corajosos e valentes que, a 24 de Maio de 1923, faziam a sua primeira reunião, no prédio n.° 20 da Praça do Município, para estudarem a possibilidade e oportunidade da criação de um grupo de Scouts Católicos em Portugal: Assim nasceu o Corpo de Scouts Católicos Portugueses, cujos estatutos foram aprovados a 27 de Maio desse mesmo ano pelo governador civil de Braga, e confirmados em 26 de Novembro pela portaria n.° 3824 do Ministério do Interior e Direcção Geral de Segurança, começando a partir desse dia a existir oficialmente, com legalidade e personalidade jurídica.






quarta-feira, 6 de maio de 2009

Clássica da Primavera


Cresci a ver ciclismo! Enquanto colegas e amigos da minha idade se deliciavam a ver o "Agora Escolha" na RTP2 apresentado pela Vera Jardim e a jogar à bola na rua nas férias da Páscoa e Verão, eu seguia atentamente a TVE2 e as transmissões em directo da Vuelta (No meu tempo era em Abril)do Giro e do Tour. Relembro com enorme saudosismo os ataques de Pedro Delgado, Marino Lejarreta, Eduardo Chozas, entre outros, que de tantos que são, é impossível enumerar. Nessa altura em Abril, enquanto meus amigos saíam ao Domingo à tarde para ir ao café eu ficava em frente ao televisor sintonizado na segunda da espanhola a ver o Tour de Flandres, o Paris-Roubaix e a Fleche Valone. Fantasiava um dia em pedalar naquele pavé solto e chegar ao velódromo de Roubaix em primeiro lugar... inocência da juventude, claro está!Hoje sinto-me feliz com estas recordações... sinto-me vivo!Domingo, apesar do meu fraco estado de forma, lá estarei para pedalar nessas dificuldades e, porventura, atacar numa subida de paralelo dura... nem que seja para depois "deitar os bofes de fora" e chegar a casa de gatas...